Mais que ler livros, interpretá-los!

Às vezes nos deparamos com textos, livros, que não conseguimos compreender. Ler, reler, correr os olhos até outras linhas em busca do significado e voltar para o trecho. Especialistas explicam que existem dois níveis de entendimento de texto, o nível da compreensão e o nível da interpretação.

O primeiro nada mais é do que entender aquilo que está escrito. Já o nível da interpretação pede que o leitor vá além do que está escrito e faça suas constatações, relacionadas à lógica textual.

A importância da interpretação de texto não está vinculada somente ao meio educacional:

Aprimorar nossa competência no sentido de analisarmos um texto é condição básica e necessária para toda a vida.

Quando falamos em interpretação textual, englobamos uma série de particularidades, entre elas a pontuação, já que uma vírgula pode mudar o sentido de uma ideia, além de elementos gramaticais como conjunções e preposições.

Na fase de alfabetização, esse processo deve ser acompanhado bem de perto pelos pais. A seguir, o Educandário preparou algumas dicas de como tornar esta prática mais proveitosa entre pais e filhos:

 

1 – Ajude-os a expandir seu vocabulário

Um dos grandes empecilhos para a interpretação de texto é o vocabulário, afinal há muitas palavras ainda para se conhecer e, dependendo do autor discutido, a prosa realmente não é das mais fáceis.

 

2 – Ajude-os a encontrar pistas textuais

Um texto traz pistas contextuais, por isso, ao ler uma palavra desconhecida, é aconselhável que a criança não vá correndo consultar o dicionário. Antes disso, deve tentar descobrir o seu significado, analisando como essa palavra é usada no contexto em que se encontra e que outras palavras da mesma sentença podem ajudar o sentido produzido.

 

3 – Leia no papel

Um estudo feito em 2014 descobriu que leitores de pequenas histórias de mistério em um Kindle, foram significantemente piores na hora de elencar a ordem dos eventos do que aqueles que leram a mesma história em papel. Os pesquisadores justificam que a falta de possibilidade de virar as páginas pra frente e pra trás ou controlar o texto fisicamente (fazendo notas e dobrando as páginas) limita a experiência sensorial e reduz a memória de longo prazo do texto e, portanto, a sua capacidade de interpretar o que aprendemos.

 

4 – Reserve de 30 a 45 minutos para lerem devagar, longe de distrações tecnológicas

Quem tem dificuldades para interpretar textos e fica lendo e relendo sem entender nada pode estar sofrendo de um mal que vem crescendo na população da era digital.

Antes da internet, o nosso cérebro lia de forma linear, aproveitando a vantagem de detalhes sensoriais (a própria distribuição do desenho da página) para lembrar de informações chave de um livro. Conforme nós aumentamos a nossa frequência de leitura em telas, os nossos hábitos de leitura se adaptaram aos textos resumidos e superficiais e essa leitura rasa fez com que a gente tivesse muito mais dificuldade de entender textos longos. Desde pequenos, as crianças precisam cultivar o hábito de estar entre livros, tê-los nas mãos. Nada substitui este contato! E nada como o apoio dos pais nessa fase inicial de aprendizagem.

 

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